Ciclofotocoagulação Transescleral

Dra Bruna Melchior

11/8/20244 min read

selective focus of blue-eyed person
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O Que é o Glaucoma?

O glaucoma é uma condição ocular caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, que pode resultar em danos ao nervo óptico e, consequentemente, levar à perda de visão. Esta doença é uma das principais causas de cegueira no mundo, afetando milhões de pessoas. Existem diversos tipos de glaucoma, sendo os mais comuns o glaucoma primário de ângulo aberto e o glaucoma de ângulo fechado. Cada um desses tipos pode apresentar diferentes causas e características, exigindo avaliações e abordagens específicas para diagnóstico e tratamento.

O diagnóstico precoce do glaucoma é de suma importância, pois permite a intervenção antes que ocorra um dano irreversível ao nervo óptico. Certos fatores de risco aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença, incluindo a idade avançada, histórico familiar de glaucoma, diabetes e condições que afetam a visão, como a miopia. O reconhecimento desses fatores pode ajudar a suscitar maior atenção sobre a saúde ocular e a necessidade de consultas regulares ao oftalmologista.

A evolução do glaucoma pode ser insidiosa, muitas vezes não apresentando sintomas visíveis até que a condição tenha avançado significativamente. Isso torna ainda mais relevante a detecção precoce através de exames regulares. A perda de visão provocada pelo glaucoma é geralmente permanente, pois o dano ao nervo óptico é irreparável. Portanto, o tratamento adequado, que pode incluir medicamentos, terapias a laser ou cirurgia, é essencial para controlar a progressão da doença e preservar a visão do paciente.

Compreender a gravidade do glaucoma e sua potencialidade de causar danos irreparáveis pode sensibilizar os pacientes sobre a importância do acompanhamento médico contínuo. A conscientização e a educação sobre essa condição são fundamentais para a prevenção e tratamento eficaz, promovendo uma melhor qualidade de vida para aqueles afetados por essa doença ocular.

O que é Ciclofotocoagulação?

A ciclofotocoagulação transescleral é um procedimento terapêutico utilizado principalmente no tratamento do glaucoma, uma condição que eleva a pressão intraocular e pode levar à perda de visão. Este método utiliza a energia do laser para coagular o tecido do corpo ciliar, responsável pela produção do humor aquoso, líquido que mantém a pressão interna do olho. Ao reduzir a produção desse líquido, a ciclofotocoagulação visa diminuir a pressão dentro do globo ocular e, consequentemente, prevenir danos ao nervo óptico.

A técnica envolve a aplicação de um laser através da esclera, que é a camada externa do olho. Após a anestesia local, o médico utiliza um dispositivo especial que focaliza a energia do laser no corpo ciliar, promovendo coagulação térmica. A sessão dura, em média, entre 20 a 30 minutos, dependendo da gravidade do caso e da resposta do paciente. Este tratamento é especialmente indicado para pacientes que não obtiveram sucesso suficiente com os tratamentos convencionais, como a medicação ou cirurgias anteriores.

Indicações para o Procedimento

A ciclofotocoagulação é um procedimento terapêutico amplamente utilizado no manejo do glaucoma, especialmente em casos onde o tratamento convencional se mostra ineficaz.

Um dos cenários mais comuns para a indicação da ciclofotocoagulação é o glaucoma resistente aos tratamentos tradicionais. Pacientes que não respondem a medicamentos anti-glaucomatosos ou em que os efeitos colaterais destes fármacos são intoleráveis podem se beneficiar significativamente desse procedimento.

Além dos pacientes que apresentam resistência ao tratamento, a ciclofotocoagulação é indicada para aqueles que possuem contraindicações a procedimentos cirúrgicos mais invasivos, como a trabeculectomia. Isso inclui pacientes idosos ou aqueles com condições oculares ou sistêmicas que aumentam o risco relacionado a intervenções cirúrgicas mais complexas. A abordagem é menos invasiva e pode ser realizada de forma ambulatorial, tornando-a uma opção viável para esses casos.

Os critérios de seleção dos pacientes são fundamentais para o sucesso do procedimento. É importante uma avaliação criteriosa que inclua a gravidade do glaucoma, a saúde geral do paciente, e a expectativa de resposta ao tratamento. Em suma, a ciclofotocoagulação deve ser considerada uma alternativa valiosa, principalmente em situações onde a preservação da visão é um objetivo primordial.

Considerações Finais

Residindo em uma condição que pode resultar em sintomas severos e comprometimento da visão, o glaucoma deve ser abordado com seriedade. Educação sobre o que é o glaucoma, suas implicações e a natureza da ciclofotocoagulação é essencial. O procedimento visa tratar a pressão intraocular elevada, atuando na parte interna do olho para prevenir danos adicionais e potencial cegueira.

A ciclofotocoagulação transescleral é um procedimento que exige cuidados específicos tanto antes quanto após a intervenção. Os pacientes devem estar cientes da importância de seguir todas as orientações fornecidas pelo oftalmologista, pois isso pode influenciar diretamente no sucesso da recuperação.

Para mais informações sobre a ciclofotocoagulação, recomenda-se que os pacientes procurem os serviços de saúde de sua confiança. Para esclarecimentos adicionais sobre o procedimento, agende uma consulta pelo telefone ou WhatsApp (13) 3234-2417.

Dra Bruna Melchior de jaleco branco sorrindo de braços cruzados, aos fundos um corredor do hospital das clinicas da USP
Dra Bruna Melchior de jaleco branco sorrindo de braços cruzados, aos fundos um corredor do hospital das clinicas da USP

Dra Bruna Melchior Silva, MD, PhD é oftalmologista, pesquisadora e professora universitária. Tem sua formação e doutorado pela USP e pela Columbia University (NY, EUA). Atende adultos e crianças acima de 5 anos na cidade de Santos, SP.