Coçar os olhos faz mal?
Dra Bruna Melchior, MD, PhD
9/2/20243 min read
Causas da Alergia Ocular
A alergia ocular é um problema frequente que muitos enfrentam, sendo desencadeada por uma diversidade de fatores. Entre os elementos mais comuns estão os alérgenos externos, como pólen, poeira, mofo e pelos de animais. Quando estes agentes entram em contato com os olhos, eles podem provocar uma resposta do sistema imunológico, levando a sintomas como coceira, vermelhidão, lacrimejamento excessivo e inchaço palpebral.
Esses alérgenos variam conforme a estação do ano e condições ambientais. Por exemplo, o pólen é muitas vezes um problema maior durante a primavera. Da mesma maneira, mofo e poeira são mais prevalentes em ambientes úmidos e fechados, como sótãos e porões. Além dos fatores externos, fatores internos como predileções genéticas e sistemas imunológicos sensíveis também desempenham um papel crucial no desenvolvimento da alergia ocular. Indivíduos com um histórico familiar de alergias são mais suscetíveis a desenvolver essas condições.
É crucial reconhecer essa condição precocemente para prevenir complicações mais sérias.
Coçar os Olhos é Perigoso
Quando se tem alergia ocular, coçar os olhos pode causar uma série de consequências negativas. Uma das complicações mais comuns é causar microlesões que deixam os olhos ainda mais suscetíveis a inflamações e vermelhidão, agravando os sintomas de alergia.
Outra consequência preocupante é o risco de infecções secundárias. Ao coçar os olhos, as mãos podem transferir bactérias e outros microrganismos para a área ocular, aumentando a probabilidade de desenvolver conjuntivite ou outras infecções. A pele ao redor dos olhos, que é muito sensível, também pode ficar irritada e vulnerável devido ao atrito constante.
Além dessas complicações, coçar os olhos com frequência pode levar ao desenvolvimento de ceratocone, uma condição progressiva na qual a córnea assume uma forma cônica. Essa deformidade pode resultar em visão distorcida e em casos graves, pode necessitar de intervenções cirúrgicas para correção, como transplante de córnea. O ceratocone é um problema sério que pode comprometer significativamente a qualidade de vida, tornando fundamental a prevenção através da redução do hábito de coçar os olhos.
O ato de coçar os olhos também aumenta o risco de descolamento de retina, condição que pode levar à perda visual severa e irreversível.
O que fazer para parar de coçar o olho?
Reduzir a exposição aos alérgenos em ambientes internos, especialmente em casa e no trabalho, é fundamental para minimizar os efeitos da alergia ocular. Durante a temporada de pólen, manter janelas e portas fechadas pode evitar que alérgenos entrem no ambiente. Usar purificadores de ar com filtros HEPA pode ser eficaz para remover particulados do ar, proporcionando um ambiente mais limpo e seguro.
A limpeza regular das superfícies também desempenha um papel crucial. Pólen, poeira e outros alérgenos podem acumular-se em móveis, cortinas e até mesmo em roupas de cama. Aspiradores de pó com filtros HEPA podem ser muito úteis, assim como a lavagem frequente de tecidos e a limpeza de superfícies com panos úmidos. Além disso, limitar o contato com pelos de animais de estimação pode ser crucial para aqueles que sofrem de alergias oculares, uma vez que os pelos podem ser potentes desencadeadores de sintomas.
Compressas geladas podem aliviar a coceira momentaneamente, mas é essencial consultar um oftalmologista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado para evitar complicações da alergia e para aliviar a coceira. Isto pode incluir o uso de colírios anti-alérgicos, que ajudam a aliviar os sintomas como coceira e vermelhidão. Em casos mais graves, a medicação oral pode ser necessária para controlar a resposta alérgica de forma mais eficaz. Em determinadas circunstâncias, a imunoterapia pode ser recomendada, uma vez que ajuda a desensibilizar o sistema imunológico aos alérgenos específicos.
O monitoramento contínuo é crítico no manejo da alergia ocular. Os sintomas e a resposta ao tratamento podem variar ao longo do tempo, exigindo ajustes no plano de tratamento. Consultas regulares com o oftalmologista permitem um acompanhamento adequado e garantem que o tratamento permaneça eficaz e ajustado às necessidades individuais do paciente.
Dra Bruna Melchior Silva, MD, PhD é oftalmologista, pesquisadora e professora universitária. Tem sua formação e doutorado pela USP e pela Columbia University (NY, EUA). Atende adultos e crianças acima de 5 anos na cidade de Santos, SP.
Dra Bruna Melchior, MD, PhD
Oftalmologista especialista pela USP, pesquisadora e professora universitária.
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